sábado, 9 de fevereiro de 2013

Neste Carnaval vista sua fantasia e use camisinha


Está chegando a hora da folia nacional. Quem pretende cair na farra não deve deixar de fora a serpentina, o confete e, claro, a camisinha. O preservativo é a garantia de que a alegria continue depois do feriado. Afinal, além de método contraceptivo, é a melhor maneira de se manter livre das doenças sexualmente transmissíveis (DST). Para assegurar que a camisinha esteja à mão dos esquecidos, a gerência de DST, Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec), distribuirá cerca de 1 milhão de unidades em todo o Estado.
Como esse ano o Dia Internacional da Mulher coincide com a folia, houve um incentivo para que o foco da campanha seja o público feminino, mais especificamente mulheres jovens, de 15 a 24 anos. A infecção entre as mulheres está em constante crescimento, apesar de haver mais casos da doença nos homens, essa diferença diminuiu ao longo dos anos. No Estado do Rio de Janeiro do total de 68.100 casos acumulados de Aids, contabilizados do início da epidemia em 1982 à 2010, 67,8% são homens e 32,3% mulheres, sendo que, nos últimos anos, são notificados menos de dois casos masculinos para cada caso feminino. Entre os mais jovens a proporção de mulheres é igual a de homens desde 1.999.
- Nessa idade o jovem está no início da vida sexual e ainda apresenta dificuldade no uso do preservativo, ainda mais as mulheres, que têm que negociar o uso com os parceiros, - alerta a coordenadora da Gerência de DST, Aids e Hepatites Virais, da Sesdec, Denise Pires.
Além disso, 40% dos jovens 15 a 24 anos não usam preservativo em todas as relações sexuais, apesar do alto conhecimento de que é a melhor forma de evitar a infecção do HIV. Atualmente, na faixa de 13 a 19 anos, a Aids afeta mais o sexo feminino, para cada oito homens com Aids encontramos 10 mulheres. Segundo a coordenadora, outra questão importante é que nessa faixa não há uso constante do preservativo, por esquecimento ou porque a partir do momento em que o jovem casal acredita que a relação está séria deixa a camisinha de lado.
- Sem mencionar os jovens que utilizam outros métodos contraceptivos, como o anticoncepcional oral, e abandonam o preservativo. Esquecendo que, além de evitar a gravidez, só a camisinha protege contra a Aids, hepatites e DST, - explica Denise.
Sambódromo - A campanha “Use Camisinha. Respeite a Vida”, em parceria com o projeto “Só alegria vai contagiar”, está distribuindo 500 mil preservativos somente no Sambódromo. A distribuição foi iniciada em 29 de janeiro, nos ensaios técnicos das escolas de samba na Sapucaí e será realizado também nos desfiles dos Grupos de Acesso e Especial.
Fique sabendo – Após o carnaval quem não se preveniu em qualquer relação sexual, seja com parceiro casual ou fixo, deve realizar o teste de HIV, sífilis e hepatites. Os testes para detectar o vírus HIV são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sigilosa e gratuitamente, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades da rede pública, os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Ao receberem o resultado, os pacientes passam por um processo de aconselhamento, feito de forma cuidadosa, com o objetivo de facilitar a interpretação do resultado pelo paciente.
- O diagnóstico precoce é importantíssimo. Estar com o vírus e não iniciar logo o acompanhamento pode comprometer seriamente a saúde, - ressalta Denise.
Vale lembrar que o vírus do HIV pode ficar no organismo por longos anos, sem que os sintomas apareçam. Gestantes soropositivas podem livrar seus futuros bebês de nascerem contaminados, fazendo o tratamento recomendado durante o pré-natal, o parto e o pós-parto. Mas, para isso, o diagnóstico tem que ser feito bem no início da gravidez.

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